12 de fev. de 2011

Mais que Amigos - cap XII


Não ficamos ali por muito tempo porque já estava na hora do almoço e nossas mães já estavam nos procurando. A minha já estava aos berros, não entendo essa mania que mãe tem de gritar.
- Vamos minha Azedinha linda – ele me puxou pelas mãos em direção a casa.
- Você vai ficar me chamando mesmo de Azedinha? – eu não tinha gostado daquele apelido.
Ele parou e me abraçou com um braço. Eu fiquei sem graça e olhei pros pés dele. Com a outra mão levantou e segurou meu rosto na direção do rosto dele – Eu te chamo de Azedinha de um jeito carinhoso, é o nosso apelido. Eu podia te chamar de Meu Bem, de Amor, de Docinho. Mas nunca seria com o mesmo carinho, porque Azedinha teve um motivo. Não fica brava – ele disse.
- Mas Azedinha é um nome péssimo – eu retruquei.
- Mas que culpa eu tenho se você é era tão azeda comigo! – ele disse brincando.
- Ah odeio você – disse isso e saí brava por ele não fazer a minha vontade.
- Você não me odeia, você não pode mais dizer isso depois dos nossos beijos de hoje – ele me puxou pra perto do corpo dele e me agarrou de um jeito que eu não pude me livrar – Não adianta você tentar fugir, eu sei que você gostou. Dava pra ver nos seus olhos, no arrepio da sua pele. Para de fugir de mim Marina, admite.

Eu não conseguia mais resistir a ele depois dos beijos de hoje, realmente ele tinha me ganhado e eu nem conseguia fingir o contrário. Então eu sorri sem graça, não tinha o que fazer e ri comigo mesma.
- Você é tão charmosa, tão meiga, eu tá na sua Marina – ele disse isso e me beijou do jeitinho de sempre. Do jeito que eu adorava.
- É melhor a gente ir, antes que a minha mãe venha atrás de mim – no fundo eu não queria ir. Queria ficar ali beijando ele a tarde inteira, mas se eu fizesse isso com certeza minha mãe viria atrás e me encheria de perguntas, sem contar que com certeza ela me faria pagar o maior mico.

- Onde você estava? Estou te chamando há tempos – minha mãe disse. Eu pensei: Não, você está me gritando há muito tempo, mães!
- Oi! Eu sou o Matheus – ele cumprimentou a minha mãe, pude ver a boca dela se abrindo de tanta surpresa. Ai que vergonha, ela ía me fazer pagar mico.
- Ah, vocês estão namorando? –ela perguntou. Sabia demorou mais que 15 segundos até ela me fazer pagar um mico.
- Não mãe! Para com isso! – eu disse brava.
- Ainda não, mas muito em breve a senhora vai virar a minha sogra – o Matheus disse e sorriu de um jeito encantador.
- Ah que bom! Pensei que a Marina ía ficar encalhada - ela disse brincando. MAS ISSO NÃO É BRINCADEIRA QUE SE FAÇA!
- MÃE! – eu estava vermelha, quase roxa. Não sabia se era de vergonha ou de raiva.
- Relaxa Marina, sua mãe é engraçada – ele disse num ar tranqüilo.
- Você é um fofo Matheus, estou feliz por vocês estarem juntos – minha mãe disse tentando consertar a situação – Vamos almoçar crianças, a Sr. Santelli mandou preparar o seu prato favorito Marina.

Fomos em direção a uma cerca que tinha perto da cachoeira, eu subi e sentei ali. Ele veio e sentou do meu lado. Me abraçou pela cintura, eu adorava quando ele fazia isso.
- Então Marina, me fala sobre você, eu quero saber tudo.
- Sobre mim? Não tem o que falar – o que ele queria saber? Aquela era uma pergunta muito vaga.
- Sei lá, sua banda favorita. O que você gosta de fazer. Coisas desse tipo – ele sugeriu.
- Hum – eu pensei um pouco, era muito difícil escolher uma banda favorita – gosto de Charlie Brown Jr...
- Mentira! – ele me interrompeu – Sério??
- Sério, você não curte?
- Claro! Mas é muito difícil uma garota gostar também.
- Ah tá! Entendo – eu respondi – Gosto de ir à praia e você?
- É, eu curto de vez em quando surfar
- Ah você é surfista – eu debochei.
- Não, só nas horas vagas. Meu negocio mesmo é na quadra. Gosto de ser o atacante. Por falar nisso, Quinta-feira tem jogo. Eliminatórias dos Jogos Estudantis, você podia aparecer lá na quadra pra torcer pra mim, o que você acha?
- Só se você fizer um gol e dedicar ele pra mim – eu disse.
- Só um? Farei 3, todos dedicados a você.
- E seus amigos? – eu perguntei.
- O que tem os meus amigos? – ele questionou de volta.
- Eles vão zuar você, por você dedicar o gol pra mim – eu disse meio sem jeito.
Ele olhou fixamente nos meus olhos e disse – Eles não vão zuar a futura namorada do artilheiro da escola, relaxa.
- Fu-fu-futura namo-mo-morada? – eu gaguejei. Como assim? Do que ele estava falando? Meu coração foi parar na boca, meu corpo começou a tremer de um jeito incontrolável. A boca ficou seca, os olhos quase encheram de lágrimas (pelo menos isso eu consegui controlar). Eu estava emocionada, ninguém nunca tinha pedido pra namorar comigo antes, mas meus pensamentos foram interrompidos pela fala dele.
- Marina, tenho certeza que eu quero ser mais que um amigo pra você. Tá cedo ainda pra definir alguma coisa, vamos deixar rolar, ok?
- Ok.
Então ele me beijou. Ele não precisava ter dito mais nada, afinal ele já tinha dito tudo que eu queria saber. Segunda feira eu voltaria e esfregaria o meu futuro namorado na cara do Davi, queria ver ele me chamar de encalhada de novo. Mas não era hora de pensar no Davi. Era hora de aproveitar o momento, curtir o resto da tarde na companhia do Matheus, e foi o que eu fiz.

(continua aqui)

3 comentários:

João disse...

*-*

Lara disse...

Oie!
Acompanho o blog des do começinho e não consigo parar de ler!A primeira página que eu entro na internet, e sempre amo todos os posts!Além do que, através desse blog, conheci outros, que também amei!Continue escrevendo!Esse blogé tudo de bom!
*-*

lana disse...

oie!K.

posta +
pur favor
(toh te aconpanhando pura qi e pelo orkut)

bjss

laninha

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